CotidianoDo luto à resiliência: a dor e o amor compartilhados por “Marias” Por RVisual Publicado em 2 de maio de 20166 minutos para ler0 2,011 Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Pinterest Compartilhar no Linkedin Fotografadas por Dani Leela, um grupo de mulheres que possui uma experiência em comum – a perda de um filho – se une e, juntas, mergulham na dor para encontrar leveza. A emoção transparece nas imagens captadas por um olhar sensívelPor Revista Visual Fotos: Dani LeelaMirian, Cintia, Mariane, Karin, Mayara e Tatiana despem-se de seus nomes. Agora são “Marias”, conectadas por uma experiência marcante: a perda de um filho. Elas buscam apoio mútuo. Para ajudá-las, encontram Dani Leela, que as fotografa de uma maneira leve e amorosa. A ideia lançada por Mirian Baitel e abraçada por todas originou a exposição itinerante que pode ser acompanhada no mês de abril no Centro de Artes e Criatividade Iracema Trinco Ribeiro, em Guarapuava. A proposta é dar sequência ao projeto, reunindo mais mães de anjos.Dani nos contou que “Marias” foi uma das experiências mais marcantes que ela já viveu. Isso porque exigiu uma entrega completa. “Senti compaixão como nunca antes. Antes dos ensaios, realizamos encontros onde conheci melhor cada uma daquelas seis histórias. Foi um período profundo e muito curativo para todas”, contou.Na opinião de Dani Leela, o projeto envolve algum tipo de alívio e força por meio da empatia entre mulheres, mas, principalmente, contempla a consciência de que o amor cura e a vida tem a bondade de capacitar as pessoas para qualquer tipo de desafio que possa aparecer pelo caminho. Em seu ponto de vista, nesse processo a fotografia possui um papel ímpar. “Através das imagens, podemos nos olhar de um lugar diferente. Elas têm esse poder silencioso de nos colocar como observadores ou de nós mesmos ou de situações”, afirmou.Para ela, o projeto “Marias” representou amizade, força, sororidade, fé, coragem e, sem dúvidas, muito amor. A seleção das imagens que integram a exposição segue uma linha que inspira leveza e superação. “Fiz uma primeira escolha excluindo da composição imagens que remetessem ao aspecto doloroso e pesado. As demais procurei ajuda das mães do projeto, de amigos e de fotógrafos, sem perder a linearidade das fotos, pois juntas compõem uma história que parte do luto à resiliência”, ressaltou.A Essência de Leela O escritório de Dani Leela fica no Jardim de Essências, onde ela também organiza vivências destinadas a mulheres que querem melhorar a autoestima, o empoderamento e cultivar empatia. “Organizo ainda vivências para gestantes, como relatos de partos, além de ministrar cursos de autoconhecimento e meditação para quem busca melhor qualidade de vida”, explicou.Mineira, Daniele fotografa há mais de uma década e reside em Guarapuava há cinco anos. “A fotografia é a minha expressão no mundo. Através dela, acredito que podemos fortalecer laços e nos reconectar com aspectos esquecidos de nossa verdadeira Essência, trazer reflexões importantes sobre nossos relacionamentos, nós mesmos e até mesmo sobre a vida”, ressaltou.Em 2012, ela se formou como trainer em meditação e autoconhecimento na Índia. A temática feminina e familiar são constantes em seus trabalhos e estudos. Assim, Leela se relaciona com a fotografia como uma vivência de intimidade e autoconhecimento. Para aprofundar a sua atuação, se formou doula e se capacitou nos estilos gestantes e NewBorn Lifestyle. Este ano, lançou um projeto muito interessante chamado “Um dia desses”, que consiste em fotografar um período do dia de uma família de maneira espontânea, sem interferências, como a vida é.Fanpage | Site (42) 9958-0500RVisual nº 130 | Março/2016
Nos próximos meses, número de propriedades certificadas para o cultivo de orgânicos deve dobrar na região de Guarapuava